quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Cefalosporinas

Cefalosporinas


Características das Cefalosporinas

1a Geração: Boa atividade sobre cocos Gram positivos, os Enterococos apresentam resistência. Atividade sobre os bacilos Gram negativos limitada a E. coli, P. mirabilis e K. pneumoniae

2a Geração: Apresenta dois subgrupos
Subgrupo Cefuroxima – Atividade sobre cocos Gram positivos semelhante as de 1a geração. Maior atividade sobre Gram negativos que os de 1a geração. Ativo sobre H. influenzae beta-lactamase positivo, M. catarrhalis e S. pneumoniae
Subgrupo cefamicina- Apresentam menor atividade sobre Gram positivos, atuam sobre Gram negativas, porém a principal característica é a excelente atividade sobre anaeróbios, principalmente Bacteróides.

3a Geração: Podemos dividir em cefalosporinas com ou sem atividade sobre Pseudomonas
Todas as cefalosporinas de 3a são menos ativas sobre Gram positivos do que as de 1a geração. Apresentam excelente atividade sobre Gram negativos, exceto Serratia., Acinetobacter e Pseudomonas.
A ceftazidima e a cefoperazona apresentam boa atividade sobre Pseudomonas

4a Geração: Associa as vantagens da cefalosporinas de 1a e 3a geração. Boa atividade sobre Gram positivos e negativos

Farmacologia:

  • Mecanismo de ação: Bactericida, por interferir em várias enzimas que são responsáveis pela síntese do mucopeptídeo da parede bacteriana.
  • Distribuição: Todos os tecidos e fluidos, porém com pouca concentração no SNC, com exceção de Cefuroxime e cefalosporinas de 3 geração.
  • Eliminação: Por excreção renal, algumas apresentam metabolização hepática.

Cuidados:

  • Toxicidade renal pode ocorrer em pacientes com mais de 50 anos, pacientes com disfunção renal e em pacientes que recebam outras drogas nefrotóxicas.
  • Necessitam de correção na insuficiência renal.
  • Cefotaxima e Ceftriaxona devem ser administradas com cautela em pacientes com disfunção hepática.

Toxicidade - Interações com drogas

  • Risco de nefrotoxidade se associado com aminoglicosídeos e vancomicina

Reações adversas:

  • Hipersensibilidade pode ocorrer em 5% dos pacientes, incluindo urticária, prurido, rash, febre e ocasionalmente anafilaxia
  • Teste de Coombs direto e indireto positivo em 3% dos pacientes.
  • Podem ocasionar neutropenia, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia.
  • Elevação da uréia e creatinina
  • Elevação da fosfatase alcalina e transaminases.
CONSIDERAÇÕES GERAIS:

Cefalosporina de 1ª e 2ª geração atuam mais especificamente sobre bactérias Gram-Positivo.

Cefalosporina de 3ª e 4ª geração atuma mais especificamente sobre bactérias Gram-Negativo.

https://www.cremerj.org.br/palestras/865.PDF

NAPRIX D

NAPRIX D é composto por ramipril e hidroclorotiazida. É um hipotensor inibidor da ECA associado à hidroclorotiazida, um diurético que deve reduzir a pressão arterial aumentada.

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As seguintes interações com outros medicamentos ou alimentos devem ser considerados quando do uso concomitante com NAPRIX D (ramipril / hidroclorotiazida):
Álcool ou diuréticos podem potencializar o efeito hipotensivo.
Antiinflamatórios não esteroidais, especialmente indometacina, podem reduzir o efeito anti-hipertensivo.
Ciclosporina, medicações contendo potássio, substitutos do sal que contenham potássio podem levar a hipercalemia.
Depressores da medula óssea podem levar a neutropenia grave ou a agranulocitose.
Estrogênios podem aumentar a pressão sangüínea.
O lítio tem seu nível aumentado quando utilizado juntamente com inibidores da ECA. A monitorização freqüentemente de seu nível é recomendada.
Os simpaticomiméticos reduzem o efeito anti-hipertensivo do ramipril.

Ramipril/Hidroclorotiazida apresenta propriedades anti-hipertensivas e diuréticas. O ramipril e a hidroclorotiazida são utilizados isoladamente ou em combinação na terapia anti-hipertensiva. Seus efeitos anti-hipertensivos são complementares.

Os efeitos de diminuição da pressão arterial dos dois componentes são aproximadamente aditivos, enquanto que a perda de potássio que acompanha a ação da hidroclorotiazida é atenuada com o uso de ramipril.

Modo de ação

- Ramipril

O ramiprilato, metabólito ativo do pró-fármaco ramipril, inibe a enzima dipeptidilcarboxipeptidase I (sinônimos: enzima conversora de angiotensina (ECA), cininase II). No plasma e tecidos, esta enzima catalisa a conversão de angiotensina I em angiotensina II (substância vasoconstritora ativa), assim como o esgotamento da bradicinina (substância vasodilatadora ativa).

A redução da formação de angiotensina II e a inibição do esgotamento de bradicinina leva à vasodilatação.

Como a angiotensina II também estimula a liberação de aldosterona, o ramiprilato promove redução da secreção de aldosterona. O aumento da atividade de bradicinina contribui, provavelmente, para os efeitos cardio-protetor e endotélio-protetor observados em estudos com animais. Ainda não está estabelecida a relação destes efeitos com certas reações adversas (por exemplo: tosse irritativa).

Os inibidores da ECA são eficazes mesmo em pacientes com hipertensão de baixa renina. A resposta média ao inibidor da ECA em monoterapia foi menor em pacientes negros (afro-caribenhos) hipertensos (geralmente população hipertensa de baixa renina) do que em pacientes não-negros.

- Hidroclorotiazida

A hidroclorotiazida é um diurético tiazídico. Inibe a reabsorção de sódio e de cloreto no túbulo distal. A excreção renal aumentada destes íons é acompanhada pelo aumento do débito urinário (devido à ligação osmótica da água). Ocorre aumento da excreção de potássio e magnésio e diminuição da excreção de ácido úrico. Altas doses resultam em aumento da excreção de bicarbonatos e em caso de tratamentos prolongados há diminuição da excreção de cálcio.

Os possíveis mecanismos de ação anti-hipertensiva da hidroclorotiazida podem ser: o balanço sódico modificado, redução do volume aquoso extracelular e do volume plasmático, alteração na resistência vascular renal, bem como resposta reduzida a norepinefrina e angiotensina II.

Propriedades farmacodinâmicas

- Ramipril

A administração de ramipril causa redução acentuada da resistência arterial periférica. Geralmente, não ocorrem alterações significativas no fluxo plasmático renal e na taxa de filtração glomerular.

A administração de ramipril em pacientes com hipertensão promove redução da pressão sangüínea na posição supina e na posição ereta, sem causar aumento compensatório na freqüência cardíaca.

Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo de uma dose única torna-se aparente após 1 ou 2 horas da administração oral, sendo que o efeito máximo geralmente é alcançado 3 a 6 horas após essa administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose única é de geralmente 24 horas.

O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua de ramipril é geralmente observado após 3 a 4 semanas. Foi demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é mantido em tratamentos prolongados durante dois anos.

A interrupção abrupta de ramipril não produz aumento rebote rápido e excessivo na pressão sangüínea.

- Hidroclorotiazida

A excreção de água e eletrólitos inicia-se aproximadamente 2 horas após a administração do medicamento, alcança seu pico após 3 a 6 horas e dura de 6 a 12 horas.

O início da ação anti-hipertensiva ocorre após 3 a 4 dias e pode durar até uma semana após a interrupção do tratamento.

Em tratamentos de longa duração, o efeito de diminuição da pressão sangüínea é também observado em doses menores do que aquelas necessárias para o efeito diurético.

O efeito de diminuição da pressão arterial é acompanhado por um discreto aumento da fração filtrada, da resistência vascular renal e da atividade da renina plasmática.

Altas doses únicas de hidroclorotiazida causam diminuição do volume plasmático, da taxa de filtração glomerular, do fluxo plasmático renal e da pressão arterial sangüínea média.

Durante tratamentos de longa duração com doses baixas, o volume plasmático permanece diminuído, enquanto que o débito cardíaco e a taxa de filtração glomerular retornam aos níveis de pré-tratamento. A pressão arterial média permanece baixa e há diminuição da resistência vascular.

Os diuréticos tiazídicos podem inibir a lactação.

Propriedades farmacocinéticas

- Ramipril

O pró-fármaco ramipril é submetido a extenso metabolismo hepático de primeira passagem, que é essencial para a formação de seu único metabólito ativo ramiprilato (por hidrólise, que ocorre principalmente no fígado). Em adição a esta ativação em ramiprilato, o ramipril é glicuronizado e transformado em ramipril dicetopiperazina (éster). O ramiprilato é glicuronizado, bem como transformado em ramiprilato dicetopiperazina (ácido).

O resultado desta ativação/metabolização do pró-fármaco é a biodisponibilização de aproximadamente 20 da dose administrada oralmente de ramipril.

A biodisponibilidade do ramiprilato após administração oral de 2,5 e 5 mg de ramipril é aproximadamente 45 quando comparado com sua disponibilidade após administração intravenosa das mesmas doses.

Após a administração oral de 10 mg de ramipril marcado radioativamente, aproximadamente 40 da radioatividade total é excretada nas fezes e aproximadamente 60 na urina. Após administração intravenosa de ramipril, aproximadamente 50 a 60 das doses foram detectadas na urina (como ramipril e seus metabólitos); aproximadamente 50 foi aparentemente eliminado por vias não-renais. Após administração intravenosa do ramiprilato aproximadamente 70 da substância e de seus metabólitos foram encontrados na urina - indicando uma eliminação de ramiprilato de aproximadamente 30 por via não-renal. Após a administração oral de 5 mg de ramipril em pacientes com drenagem dos ductos biliares, aproximadamente a mesma quantidade de ramipril e seus metabólitos foi excretada pela urina e pela bile durante as primeiras 24 horas.

Aproximadamente 80 a 90 dos metabólitos encontrados na urina e na bile foram identificados como ramiprilato ou metabólitos do ramiprilato. Ramipril glicuronídeo e ramipril dicetopiperazina representaram aproximadamente 10 a 20 da quantidade total, enquanto que a quantidade de ramipril não metabolizado foi de aproximadamente 2.

Estudos realizados em animais durante a fase de amamentação demonstraram que o ramipril passa para o leite materno.

O ramipril é rapidamente absorvido após a administração oral. Como determinado por meio da recuperação da radioatividade na urina, que representa apenas uma das vias de eliminação, a absorção de ramipril é de pelo menos 56. A administração de ramipril concomitantemente a alimentos não apresenta efeito relevante sobre a absorção.

As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 1 hora após a administração oral. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 1 hora. As concentrações plasmáticas máximas de ramiprilato são atingidas em 2 a 4 horas após a administração oral de ramipril.

O declínio das concentrações plasmáticas do ramiprilato é de modo polifásico. A meia-vida da distribuição inicial e da fase de eliminação é de aproximadamente 3 horas. É seguida por uma fase intermediária (meia-vida de aproximadamente 15 horas) e por uma fase terminal com concentrações plasmáticas de ramiprilato muito baixas e com meia-vida de aproximadamente 4 a 5 dias.

A fase terminal está relacionada à dissociação lenta do ramiprilato da sua ligação estrita, mas saturável, à ECA.

Apesar da longa fase terminal, a dose única diária maior ou igual a 2,5 mg de ramipril promove concentrações plasmáticas de ramiprilato no estado de equilíbrio após aproximadamente 4 dias. A meia-vida 'efetiva', que é relevante para a determinação da dose, é de 13 a 17 horas sob administração de doses múltiplas.

Após administração intravenosa, o volume de distribuição sistêmica de ramipril é de aproximadamente 90 L e o volume de distribuição sistêmica relativa do ramiprilato é de aproximadamente 500 L.

Em estudos in vitro , o ramiprilato demonstrou constantes inibitórias gerais de 7 pmol/L e meia-vida de dissociação da ECA de 10,7 horas, que indicam alta potência.

As taxas de ligação à proteína do ramipril e do ramiprilato são de aproximadamente 73 e 56, respectivamente.

Em voluntários sadios com idade entre 65 e 76 anos, os parâmetros farmacocinéticos do ramipril e do ramiprilato são semelhantes aos de voluntários sadios jovens.

A excreção renal do ramiprilato é reduzida em pacientes com alterações da função renal e o clearance renal do ramiprilato é proporcionalmente relacionado ao clearance da creatinina. Isso resulta na elevação das concentrações plasmáticas de ramiprilato, que diminuem de maneira mais lenta do que em pessoas com função renal normal.

A alteração da função hepática retarda a ativação de ramipril em ramiprilato quando são administradas doses elevadas (10 mg) de ramipril, resultando na elevação dos níveis plasmáticos de ramipril e na diminuição da eliminação de ramiprilato.

Assim como em pessoas saudáveis e pacientes com hipertensão, também não foi observado acúmulo relevante de ramipril e ramiprilato após administração oral de 5 mg de ramipril uma vez ao dia, durante 2 semanas, em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

- Hidroclorotiazida

Aproximadamente 70 da hidroclorotiazida é absorvida após administração oral, apresentando biodisponibilidade de aproximadamente 70.

A concentração máxima de 70 ng/mL foi alcançada de 1,5 a 4 horas após administração oral de 12,5 mg de hidroclorotiazida, a concentração máxima de 142 ng/mL é alcançada de 2 a 5 horas após a administração oral de 25 mg de hidroclorotiazida e a concentração máxima de 260 ng/mL é atingida de 2 a 4 horas após a administração oral de 50 mg de hidroclorotiazida. Aproximadamente 40 da hidroclorotiazida é ligada às proteínas plasmáticas.

A hidroclorotiazida é quase que totalmente excretada (mais de 95) pela via renal na forma inalterada. Após administração de dose oral única, 50 a 70 é excretada dentro de 24 horas. É possível detectar na urina quantidades da substância em menos de 60 minutos de sua administração.

A meia-vida de eliminação é de 5 a 6 horas. No caso de insuficiência renal, a excreção é reduzida e a meia-vida prolongada. O clearance renal da hidroclorotiazida é intimamente correlacionado ao clearance de creatinina. Em pacientes com taxa de filtração glomerular menor do que 10 mL/min, apenas 10 da dose administrada foi encontrada na urina. Estudos mais recentes indicam que parte do fármaco é excretada por via não-renal (bile).

A hidroclorotiazida passa em pequenas quantidades para o leite materno.

Não foram observadas alterações relevantes na farmacocinética da hidroclorotiazida na cirrose hepática. Não há estudos disponíveis de farmacocinética em pacientes com insuficiência cardíaca.

- Ramipril / hidroclorotiazida

Quando ramipril e hidroclorotiazida são administrados conjuntamente, não há influência na biodisponibilidade dos componentes isoladamente.

Pode-se considerar como bioequivalentes a combinação de doses fixas de comprimidos de 5 mg de ramipril e 25 mg de hidroclorotiazida e a combinação livre de cápsulas de 5 mg de ramipril e 25 mg de hidroclorotiazida.

Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda

- Ramipril

Como o ramipril apresenta DL50
maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo em camundongos e ratos e acima de 1.000 mg/Kg de peso corpóreo em cães da raça beagle, considera-se que a administração oral de ramipril seja isenta de toxicidade aguda.

- Hidroclorotiazida

Em estudos de toxicidade aguda em camundongos, a DL50
(após administração oral) é maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo e 884 mg/Kg de peso corpóreo após administração intravenosa.

Em ratos a DL50
aguda após administração oral é maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo, e após administração intraperitoneal é de 3.130 mg/Kg de peso corpóreo.

Em coelhos a DL50
aguda após administração intravenosa foi de 461 mg/Kg de peso corpóreo e em cães foi de aproximadamente 1.000 mg/Kg de peso corpóreo. Cães toleraram doses [troca] 2.000 mg/Kg de peso corpóreo após administração oral sem demonstrarem qualquer sinal de toxicidade.

- Ramipril / hidroclorotiazida

A DL50
oral em ratos e camundongos é maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo, ou seja, a combinação de ramipril / hidroclorotiazida (1:5) é totalmente isenta de toxicidade aguda. Isso é consistente com os resultados do teste de toxicidade aguda com cada substância isoladamente.

Toxicidade crônica

Ramipril: estudos envolvendo administração crônica foram conduzidos em ratos, cães e macacos. Em ratos, as doses diárias da ordem de 40 mg/Kg de peso corpóreo resultaram em alteração nos eletrólitos plasmáticos e em anemia. Em doses diárias [troca] 3,2 mg/Kg de peso corpóreo houve algumas evidências de alteração na morfologia renal (atrofia do túbulo distal). Entretanto, esses efeitos podem ser explicados em termos farmacodinâmicos e são característicos da classe da substância. Doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo foram toleradas por ratos sem que houvesse ocorrência de efeitos tóxicos. A atrofia tubular é encontrada em ratos, porém não em cães e macacos.

Foi observado um alargamento pronunciado do aparelho justaglomerular como expressão da atividade farmacodinâmica do ramipril (um sinal de aumento da produção de renina como reação à redução da formação de angiotensina II) em cães e macacos - especialmente quando foram administradas doses diárias [troca] 250 mg/Kg de peso corpóreo. Também foram encontradas indicações de alteração dos eletrólitos plasmáticos e alterações do perfil sangüíneo em cães e macacos. Cães e macacos toleraram doses diárias de 2,5 mg/Kg de peso corpóreo e 8 mg/Kg de peso corpóreo, respectivamente, sem que fossem observados efeitos tóxicos.

Hidroclorotiazida: Foram realizados estudos de toxicidade oral subcrônica (subaguda) em ratos com doses diárias de 500, 1000 e 2000 mg/Kg de peso corpóreo (cinco dias por semana durante um período de três semanas) que não produziram sinais de efeito tóxico da substância; tais fatalidades ocorridas foram atribuídas a pneumonias.

Em estudos conduzidos em cães que receberam doses diárias de 250, 500 e 1.000 mg/Kg de peso corpóreo durante um período de 8 semanas, nenhum evento sério foi observado com exceção da alteração no balanço eletrolítico.

Estudos de toxicidade crônica que foram conduzidos em ratos recebendo doses orais de até 2.000 mg/Kg de peso corpóreo durante 5 dias/semana durante um período de 26 semanas não revelaram sinais de efeito tóxico da substância e nenhuma alteração foi notada que possa ser atribuída à substância durante a investigação pós-morte.

Durante um período de 26 semanas, cães receberam diariamente doses de 125, 250 e 500 mg/Kg de peso corpóreo (entretanto, no grupo de 500 mg a medicação foi interrompida após a sétima semana por 11 semanas).

Houve uma pequena redução do potássio plasmático. Além disso, durante o curso da investigação macroscópica, pequenas quantidades de precipitados amarelo-cristalinos foram encontradas nas bexigas de 2 dos 12 cães. As investigações histomorfológicas não revelaram nenhum distúrbio que possa ser atribuído à substância.

- Ramipril / hidroclorotiazida: com exceção das alterações no balanço eletrolítico, os estudos conduzidos em ratos e macacos não produziram nenhum achado notável.

Toxicidade reprodutiva

- Ramipril

Estudos de toxicidade reprodutiva foram conduzidos em ratos, coelhos e macacos e não evidenciaram nenhuma propriedade teratogênica.

A fertilidade não foi alterada tanto nas fêmeas quanto nos machos.

A administração de doses de ramipril [troca] 50 mg/Kg de peso corpóreo em ratas durante o período fetal e o período de amamentação produziu danos renais irreversíveis (dilatação da pelvis renal) na prole.

Quando inibidores da ECA foram administrados a mulheres durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez, foram observados efeitos tóxicos nos fetos e recém-nascidos, incluindo - às vezes em conjunto com oligoidrâmnios (provavelmente como resultado de alteração da função renal fetal) - deformidades crânio-faciais, hipoplasias pulmonares, contraturas nos membros fetais, hipotensão, anúria, insuficiência renal irreversível e reversível, assim como óbito. Também foram relatados em humanos partos prematuros, crescimento intra-uterino retardado e persistência do ducto de Botallo. Entretanto, não é conhecido se estes fenômenos são uma conseqüência da exposição aos inibidores da ECA.

- Hidroclorotiazida

Em estudos conduzidos em animais, a hidroclorotiazida atravessou a placenta. Estudos conduzidos em camundongos, ratos e coelhos não produziram indicação de efeito teratogênico.

Houve um estudo no qual 7.500 gestantes utilizaram hidroclorotiazida. Destas, 107 medicaram-se com hidroclorotiazida no primeiro trimestre de gestação.

Tem-se a suspeita de desenvolvimento de trombopenia neonatal após administração de hidroclorotiazida na segunda metade da gestação.

Existe a possibilidade de a alteração no balanço eletrolítico em gestantes afetar o feto.

- Ramipril/hidroclorotiazida

Em estudos de embriotoxicidade, esta combinação foi administrada durante a fase crítica da organogênese: em ratas, com doses diárias de 1, 10, 150, 600 ou 2.400 mg/Kg de peso corpóreo e com coelhas, com doses diárias de 0,96; 2,40; ou 6,00 mg/Kg de peso corpóreo.

A hidroclorotiazida foi estudada de maneira similar isoladamente em doses diárias de 125, 500 ou 2.000 mg/Kg de peso corpóreo em ratas, e em doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo em coelhas; estas doses correspondem às proporções de hidroclorotiazida contidas na combinação de altas doses.

Em estudos conduzidos em ratas com cria, a combinação foi administrada nas doses de 1 mg/Kg e 10 mg/Kg de peso corpóreo sem complicações. Doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo mostraram efeitos tóxicos nestas ratas e resultaram em redução da alimentação e desenvolvimento de peso. Os pesos do coração e do fígado foram reduzidos. Sintomas clínicos de toxicidade e óbitos ocorreram com administração de doses de 2.400 mg/Kg de peso corpóreo.

Nas doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo, houve aumento da excreção urinária e após 2.400 mg/Kg de peso corpóreo os pesos dos rins foram discretamente aumentados. Esses efeitos são atribuídos à ação farmacodinâmica da hidroclorotiazida.

O desenvolvimento do embrião não é afetado pela dose de 1 mg/Kg de peso corpóreo. Doses [troca] 10 mg/Kg de peso corpóreo resultaram em discreto retardo do desenvolvimento do feto, o que se manifesta em ossificação esquelética atrasada e em doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo, em reduzido peso e altura. A placenta também teve seu peso reduzido.

Investigações morfológicas conduzidas em fetos revelaram aumento das ocorrências de dilatação da pélvis renal e do ureter, bem como aumento da ondulação e da espessura das costelas em doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo e em doses [troca] 600 mg/Kg de peso corpóreo, redução da curvatura da escápula e dos ossos dos membros.

Estes estudos com hidroclorotiazida isoladamente confirmam que o aumento do retardo do desenvolvimento fetal é devido à ação do diurético. As outras conclusões apontam uma ação conjunta dos dois componentes na combinação.

A administração da combinação em coelhas em doses de 0,96 mg/Kg de peso corpóreo resultou numa leve redução da ingestão de alimentação e estagnação do peso corpóreo. Entretanto, não houve efeito adverso no desenvolvimento intra-uterino da prole.

Após administrações de doses de 2,40 e 6,00 mg/Kg de peso corpóreo, as coelhas com cria reduziram sua ingestão de alimentos e água e perderam peso corpóreo; além disso, óbitos e abortos espontâneos ocorreram com esta dosagem e os fetos vivos mostraram discreto retardo do crescimento no nascimento. Não foi detectado nenhum sinal de anomalias externas ou de anomalias afetando órgãos internos e o esqueleto dos fetos que pudesse ser atribuído à administração combinada.

Quando a hidroclorotiazida foi administrada isoladamente em doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo foi tolerada pelas coelhas e pelos seus fetos.

Os dois estudos em ratas e coelhas revelaram que a combinação é de algum modo mais tóxica do que os componentes isolados, porém nenhum estudo revelou sinais de efeito teratogênico da combinação ou da hidroclorotiazida.

Estudos foram conduzidos em ratas para determinar a toxicidade peri e pós-natal da combinação; doses orais diárias de 10 e 60 mg/Kg de peso corpóreo foram administradas durante o último terço da gestação e durante as 3 semanas de lactação. Nas doses de 10 mg/Kg de peso corpóreo, a droga não apresentou efeito adverso na condição geral das ratas, no curso da gestação ou do parto e também não resultou em distúrbio nos desenvolvimentos intra-uterino e pós-natal da prole.

Após administração de 60 mg/Kg de peso corpóreo, as ratas reduziram discretamente sua ingestão de alimento e seus filhotes mostraram discreta redução de peso no nascimento e durante a primeira semana de vida em diante. No período subseqüente, o desenvolvimento pós-natal dos filhotes não apresentou fatos notáveis. A incidência de dilatação da pélvis renal não apresentou aumento (como foi observado após administração de altas doses de ramipril).

Estudos de possível alteração da fertilidade e na capacidade reprodutiva não foram conduzidos com a combinação, pois nenhum efeito tóxico é esperado com base nos resultados dos componentes isoladamente.

Toxicidade imunológica

- Ramipril

Estudos toxicológicos demonstraram que o ramipril não possui nenhum efeito imunotóxico.

Mutagenicidade

- Ramipril

Testes extensivos de mutagenicidade utilizando vários sistemas de testes, demonstraram que o ramipril não apresenta nenhuma propriedade mutagênica ou genotóxica.

- Hidroclorotiazida

Há evidências limitadas da genotoxicidade da hidroclorotiazida in vitro . Pode-se deduzir a partir dos dados in vivo que a substância não é mutagênica.

- Ramipril/hidroclorotiazida

Não foram realizados estudos de mutagenicidade com esta combinação, pois os resultados dos testes com cada componente isoladamente não demonstraram evidência de qualquer tipo de risco.

Carcinogenicidade

- Ramipril

Estudos prolongados em ratos e camundongos não demonstraram nenhuma indicação de efeito tumorigênico.

Em ratos, túbulos renais com células oxifílicas e túbulos com hiperplasia celular oxifílica foram considerados como uma resposta às alterações funcionais e morfológicas e não como uma resposta neoplásica ou pré-neoplásica.

- Hidroclorotiazida

Um estudo de carcinogenicidade com hidroclorotiazida em camundongos produziu uma evidência equivocada da atividade carcinogênica em animais machos quando da administração de altas doses (na forma de uma incidência aumentada da neoplasia hepatocelular). Não houve evidências de carcinogenicidade em camundongos fêmea. Um estudo com hidroclorotiazida, em ratos e ratas, também não apresentou evidência de carcinogenicidade potencial.

Resumindo-se todos estes pontos, pode-se assumir que a hidroclorotiazida não apresenta potencial neoplásico.

- Ramipril/hidroclorotiazida

Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos com esta combinação, uma vez que os resultados dos testes com cada componente isoladamente não demonstrou nenhuma evidência de tal risco.Propriedades farmacodinâmicas

- Ramipril

A administração de ramipril causa redução acentuada da resistência arterial periférica. Geralmente, não ocorrem alterações significativas no fluxo plasmático renal e na taxa de filtração glomerular.

A administração de ramipril em pacientes com hipertensão promove redução da pressão sangüínea na posição supina e na posição ereta, sem causar aumento compensatório na freqüência cardíaca.

Na maioria dos pacientes, o início do efeito anti-hipertensivo de uma dose única torna-se aparente após 1 ou 2 horas da administração oral, sendo que o efeito máximo geralmente é alcançado 3 a 6 horas após essa administração. A duração do efeito anti-hipertensivo de uma dose única é de geralmente 24 horas.

O efeito anti-hipertensivo máximo com a administração contínua de ramipril é geralmente observado após 3 a 4 semanas. Foi demonstrado que o efeito anti-hipertensivo é mantido em tratamentos prolongados durante dois anos.

A interrupção abrupta de ramipril não produz aumento rebote rápido e excessivo na pressão sangüínea.

- Hidroclorotiazida

A excreção de água e eletrólitos inicia-se aproximadamente 2 horas após a administração do medicamento, alcança seu pico após 3 a 6 horas e dura de 6 a 12 horas.

O início da ação anti-hipertensiva ocorre após 3 a 4 dias e pode durar até uma semana após a interrupção do tratamento.

Em tratamentos de longa duração, o efeito de diminuição da pressão sangüínea é também observado em doses menores do que aquelas necessárias para o efeito diurético.

O efeito de diminuição da pressão arterial é acompanhado por um discreto aumento da fração filtrada, da resistência vascular renal e da atividade da renina plasmática.

Altas doses únicas de hidroclorotiazida causam diminuição do volume plasmático, da taxa de filtração glomerular, do fluxo plasmático renal e da pressão arterial sangüínea média.

Durante tratamentos de longa duração com doses baixas, o volume plasmático permanece diminuído, enquanto que o débito cardíaco e a taxa de filtração glomerular retornam aos níveis de pré-tratamento. A pressão arterial média permanece baixa e há diminuição da resistência vascular.

Os diuréticos tiazídicos podem inibir a lactação.

Propriedades farmacocinéticas

- Ramipril

O pró-fármaco ramipril é submetido a extenso metabolismo hepático de primeira passagem, que é essencial para a formação de seu único metabólito ativo ramiprilato (por hidrólise, que ocorre principalmente no fígado). Em adição a esta ativação em ramiprilato, o ramipril é glicuronizado e transformado em ramipril dicetopiperazina (éster). O ramiprilato é glicuronizado, bem como transformado em ramiprilato dicetopiperazina (ácido).

O resultado desta ativação/metabolização do pró-fármaco é a biodisponibilização de aproximadamente 20 da dose administrada oralmente de ramipril.

A biodisponibilidade do ramiprilato após administração oral de 2,5 e 5 mg de ramipril é aproximadamente 45 quando comparado com sua disponibilidade após administração intravenosa das mesmas doses.

Após a administração oral de 10 mg de ramipril marcado radioativamente, aproximadamente 40 da radioatividade total é excretada nas fezes e aproximadamente 60 na urina. Após administração intravenosa de ramipril, aproximadamente 50 a 60 das doses foram detectadas na urina (como ramipril e seus metabólitos); aproximadamente 50 foi aparentemente eliminado por vias não-renais. Após administração intravenosa do ramiprilato aproximadamente 70 da substância e de seus metabólitos foram encontrados na urina - indicando uma eliminação de ramiprilato de aproximadamente 30 por via não-renal. Após a administração oral de 5 mg de ramipril em pacientes com drenagem dos ductos biliares, aproximadamente a mesma quantidade de ramipril e seus metabólitos foi excretada pela urina e pela bile durante as primeiras 24 horas.

Aproximadamente 80 a 90 dos metabólitos encontrados na urina e na bile foram identificados como ramiprilato ou metabólitos do ramiprilato. Ramipril glicuronídeo e ramipril dicetopiperazina representaram aproximadamente 10 a 20 da quantidade total, enquanto que a quantidade de ramipril não metabolizado foi de aproximadamente 2.

Estudos realizados em animais durante a fase de amamentação demonstraram que o ramipril passa para o leite materno.

O ramipril é rapidamente absorvido após a administração oral. Como determinado por meio da recuperação da radioatividade na urina, que representa apenas uma das vias de eliminação, a absorção de ramipril é de pelo menos 56. A administração de ramipril concomitantemente a alimentos não apresenta efeito relevante sobre a absorção.

As concentrações plasmáticas máximas são atingidas dentro de 1 hora após a administração oral. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente 1 hora. As concentrações plasmáticas máximas de ramiprilato são atingidas em 2 a 4 horas após a administração oral de ramipril.

O declínio das concentrações plasmáticas do ramiprilato é de modo polifásico. A meia-vida da distribuição inicial e da fase de eliminação é de aproximadamente 3 horas. É seguida por uma fase intermediária (meia-vida de aproximadamente 15 horas) e por uma fase terminal com concentrações plasmáticas de ramiprilato muito baixas e com meia-vida de aproximadamente 4 a 5 dias.

A fase terminal está relacionada à dissociação lenta do ramiprilato da sua ligação estrita, mas saturável, à ECA.

Apesar da longa fase terminal, a dose única diária maior ou igual a 2,5 mg de ramipril promove concentrações plasmáticas de ramiprilato no estado de equilíbrio após aproximadamente 4 dias. A meia-vida 'efetiva', que é relevante para a determinação da dose, é de 13 a 17 horas sob administração de doses múltiplas.

Após administração intravenosa, o volume de distribuição sistêmica de ramipril é de aproximadamente 90 L e o volume de distribuição sistêmica relativa do ramiprilato é de aproximadamente 500 L.

Em estudos in vitro , o ramiprilato demonstrou constantes inibitórias gerais de 7 pmol/L e meia-vida de dissociação da ECA de 10,7 horas, que indicam alta potência.

As taxas de ligação à proteína do ramipril e do ramiprilato são de aproximadamente 73 e 56, respectivamente.

Em voluntários sadios com idade entre 65 e 76 anos, os parâmetros farmacocinéticos do ramipril e do ramiprilato são semelhantes aos de voluntários sadios jovens.

A excreção renal do ramiprilato é reduzida em pacientes com alterações da função renal e o clearance renal do ramiprilato é proporcionalmente relacionado ao clearance da creatinina. Isso resulta na elevação das concentrações plasmáticas de ramiprilato, que diminuem de maneira mais lenta do que em pessoas com função renal normal.

A alteração da função hepática retarda a ativação de ramipril em ramiprilato quando são administradas doses elevadas (10 mg) de ramipril, resultando na elevação dos níveis plasmáticos de ramipril e na diminuição da eliminação de ramiprilato.

Assim como em pessoas saudáveis e pacientes com hipertensão, também não foi observado acúmulo relevante de ramipril e ramiprilato após administração oral de 5 mg de ramipril uma vez ao dia, durante 2 semanas, em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva.

- Hidroclorotiazida

Aproximadamente 70 da hidroclorotiazida é absorvida após administração oral, apresentando biodisponibilidade de aproximadamente 70.

A concentração máxima de 70 ng/mL foi alcançada de 1,5 a 4 horas após administração oral de 12,5 mg de hidroclorotiazida, a concentração máxima de 142 ng/mL é alcançada de 2 a 5 horas após a administração oral de 25 mg de hidroclorotiazida e a concentração máxima de 260 ng/mL é atingida de 2 a 4 horas após a administração oral de 50 mg de hidroclorotiazida. Aproximadamente 40 da hidroclorotiazida é ligada às proteínas plasmáticas.

A hidroclorotiazida é quase que totalmente excretada (mais de 95) pela via renal na forma inalterada. Após administração de dose oral única, 50 a 70 é excretada dentro de 24 horas. É possível detectar na urina quantidades da substância em menos de 60 minutos de sua administração.

A meia-vida de eliminação é de 5 a 6 horas. No caso de insuficiência renal, a excreção é reduzida e a meia-vida prolongada. O clearance renal da hidroclorotiazida é intimamente correlacionado ao clearance de creatinina. Em pacientes com taxa de filtração glomerular menor do que 10 mL/min, apenas 10 da dose administrada foi encontrada na urina. Estudos mais recentes indicam que parte do fármaco é excretada por via não-renal (bile).

A hidroclorotiazida passa em pequenas quantidades para o leite materno.

Não foram observadas alterações relevantes na farmacocinética da hidroclorotiazida na cirrose hepática. Não há estudos disponíveis de farmacocinética em pacientes com insuficiência cardíaca.

- Ramipril / hidroclorotiazida

Quando ramipril e hidroclorotiazida são administrados conjuntamente, não há influência na biodisponibilidade dos componentes isoladamente.

Pode-se considerar como bioequivalentes a combinação de doses fixas de comprimidos de 5 mg de ramipril e 25 mg de hidroclorotiazida e a combinação livre de cápsulas de 5 mg de ramipril e 25 mg de hidroclorotiazida.

Dados de segurança pré-clínica

Toxicidade aguda

- Ramipril

Como o ramipril apresenta DL50
maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo em camundongos e ratos e acima de 1.000 mg/Kg de peso corpóreo em cães da raça beagle, considera-se que a administração oral de ramipril seja isenta de toxicidade aguda.

- Hidroclorotiazida

Em estudos de toxicidade aguda em camundongos, a DL50
(após administração oral) é maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo e 884 mg/Kg de peso corpóreo após administração intravenosa.

Em ratos a DL50
aguda após administração oral é maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo, e após administração intraperitoneal é de 3.130 mg/Kg de peso corpóreo.

Em coelhos a DL50
aguda após administração intravenosa foi de 461 mg/Kg de peso corpóreo e em cães foi de aproximadamente 1.000 mg/Kg de peso corpóreo. Cães toleraram doses [troca] 2.000 mg/Kg de peso corpóreo após administração oral sem demonstrarem qualquer sinal de toxicidade.

- Ramipril / hidroclorotiazida

A DL50
oral em ratos e camundongos é maior que 10.000 mg/Kg de peso corpóreo, ou seja, a combinação de ramipril / hidroclorotiazida (1:5) é totalmente isenta de toxicidade aguda. Isso é consistente com os resultados do teste de toxicidade aguda com cada substância isoladamente.

Toxicidade crônica

Ramipril: estudos envolvendo administração crônica foram conduzidos em ratos, cães e macacos. Em ratos, as doses diárias da ordem de 40 mg/Kg de peso corpóreo resultaram em alteração nos eletrólitos plasmáticos e em anemia. Em doses diárias [troca] 3,2 mg/Kg de peso corpóreo houve algumas evidências de alteração na morfologia renal (atrofia do túbulo distal). Entretanto, esses efeitos podem ser explicados em termos farmacodinâmicos e são característicos da classe da substância. Doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo foram toleradas por ratos sem que houvesse ocorrência de efeitos tóxicos. A atrofia tubular é encontrada em ratos, porém não em cães e macacos.

Foi observado um alargamento pronunciado do aparelho justaglomerular como expressão da atividade farmacodinâmica do ramipril (um sinal de aumento da produção de renina como reação à redução da formação de angiotensina II) em cães e macacos - especialmente quando foram administradas doses diárias [troca] 250 mg/Kg de peso corpóreo. Também foram encontradas indicações de alteração dos eletrólitos plasmáticos e alterações do perfil sangüíneo em cães e macacos. Cães e macacos toleraram doses diárias de 2,5 mg/Kg de peso corpóreo e 8 mg/Kg de peso corpóreo, respectivamente, sem que fossem observados efeitos tóxicos.

Hidroclorotiazida: Foram realizados estudos de toxicidade oral subcrônica (subaguda) em ratos com doses diárias de 500, 1000 e 2000 mg/Kg de peso corpóreo (cinco dias por semana durante um período de três semanas) que não produziram sinais de efeito tóxico da substância; tais fatalidades ocorridas foram atribuídas a pneumonias.

Em estudos conduzidos em cães que receberam doses diárias de 250, 500 e 1.000 mg/Kg de peso corpóreo durante um período de 8 semanas, nenhum evento sério foi observado com exceção da alteração no balanço eletrolítico.

Estudos de toxicidade crônica que foram conduzidos em ratos recebendo doses orais de até 2.000 mg/Kg de peso corpóreo durante 5 dias/semana durante um período de 26 semanas não revelaram sinais de efeito tóxico da substância e nenhuma alteração foi notada que possa ser atribuída à substância durante a investigação pós-morte.

Durante um período de 26 semanas, cães receberam diariamente doses de 125, 250 e 500 mg/Kg de peso corpóreo (entretanto, no grupo de 500 mg a medicação foi interrompida após a sétima semana por 11 semanas).

Houve uma pequena redução do potássio plasmático. Além disso, durante o curso da investigação macroscópica, pequenas quantidades de precipitados amarelo-cristalinos foram encontradas nas bexigas de 2 dos 12 cães. As investigações histomorfológicas não revelaram nenhum distúrbio que possa ser atribuído à substância.

- Ramipril / hidroclorotiazida: com exceção das alterações no balanço eletrolítico, os estudos conduzidos em ratos e macacos não produziram nenhum achado notável.

Toxicidade reprodutiva

- Ramipril

Estudos de toxicidade reprodutiva foram conduzidos em ratos, coelhos e macacos e não evidenciaram nenhuma propriedade teratogênica.

A fertilidade não foi alterada tanto nas fêmeas quanto nos machos.

A administração de doses de ramipril [troca] 50 mg/Kg de peso corpóreo em ratas durante o período fetal e o período de amamentação produziu danos renais irreversíveis (dilatação da pelvis renal) na prole.

Quando inibidores da ECA foram administrados a mulheres durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez, foram observados efeitos tóxicos nos fetos e recém-nascidos, incluindo - às vezes em conjunto com oligoidrâmnios (provavelmente como resultado de alteração da função renal fetal) - deformidades crânio-faciais, hipoplasias pulmonares, contraturas nos membros fetais, hipotensão, anúria, insuficiência renal irreversível e reversível, assim como óbito. Também foram relatados em humanos partos prematuros, crescimento intra-uterino retardado e persistência do ducto de Botallo. Entretanto, não é conhecido se estes fenômenos são uma conseqüência da exposição aos inibidores da ECA.

- Hidroclorotiazida

Em estudos conduzidos em animais, a hidroclorotiazida atravessou a placenta. Estudos conduzidos em camundongos, ratos e coelhos não produziram indicação de efeito teratogênico.

Houve um estudo no qual 7.500 gestantes utilizaram hidroclorotiazida. Destas, 107 medicaram-se com hidroclorotiazida no primeiro trimestre de gestação.

Tem-se a suspeita de desenvolvimento de trombopenia neonatal após administração de hidroclorotiazida na segunda metade da gestação.

Existe a possibilidade de a alteração no balanço eletrolítico em gestantes afetar o feto.

- Ramipril/hidroclorotiazida

Em estudos de embriotoxicidade, esta combinação foi administrada durante a fase crítica da organogênese: em ratas, com doses diárias de 1, 10, 150, 600 ou 2.400 mg/Kg de peso corpóreo e com coelhas, com doses diárias de 0,96; 2,40; ou 6,00 mg/Kg de peso corpóreo.

A hidroclorotiazida foi estudada de maneira similar isoladamente em doses diárias de 125, 500 ou 2.000 mg/Kg de peso corpóreo em ratas, e em doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo em coelhas; estas doses correspondem às proporções de hidroclorotiazida contidas na combinação de altas doses.

Em estudos conduzidos em ratas com cria, a combinação foi administrada nas doses de 1 mg/Kg e 10 mg/Kg de peso corpóreo sem complicações. Doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo mostraram efeitos tóxicos nestas ratas e resultaram em redução da alimentação e desenvolvimento de peso. Os pesos do coração e do fígado foram reduzidos. Sintomas clínicos de toxicidade e óbitos ocorreram com administração de doses de 2.400 mg/Kg de peso corpóreo.

Nas doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo, houve aumento da excreção urinária e após 2.400 mg/Kg de peso corpóreo os pesos dos rins foram discretamente aumentados. Esses efeitos são atribuídos à ação farmacodinâmica da hidroclorotiazida.

O desenvolvimento do embrião não é afetado pela dose de 1 mg/Kg de peso corpóreo. Doses [troca] 10 mg/Kg de peso corpóreo resultaram em discreto retardo do desenvolvimento do feto, o que se manifesta em ossificação esquelética atrasada e em doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo, em reduzido peso e altura. A placenta também teve seu peso reduzido.

Investigações morfológicas conduzidas em fetos revelaram aumento das ocorrências de dilatação da pélvis renal e do ureter, bem como aumento da ondulação e da espessura das costelas em doses [troca] 150 mg/Kg de peso corpóreo e em doses [troca] 600 mg/Kg de peso corpóreo, redução da curvatura da escápula e dos ossos dos membros.

Estes estudos com hidroclorotiazida isoladamente confirmam que o aumento do retardo do desenvolvimento fetal é devido à ação do diurético. As outras conclusões apontam uma ação conjunta dos dois componentes na combinação.

A administração da combinação em coelhas em doses de 0,96 mg/Kg de peso corpóreo resultou numa leve redução da ingestão de alimentação e estagnação do peso corpóreo. Entretanto, não houve efeito adverso no desenvolvimento intra-uterino da prole.

Após administrações de doses de 2,40 e 6,00 mg/Kg de peso corpóreo, as coelhas com cria reduziram sua ingestão de alimentos e água e perderam peso corpóreo; além disso, óbitos e abortos espontâneos ocorreram com esta dosagem e os fetos vivos mostraram discreto retardo do crescimento no nascimento. Não foi detectado nenhum sinal de anomalias externas ou de anomalias afetando órgãos internos e o esqueleto dos fetos que pudesse ser atribuído à administração combinada.

Quando a hidroclorotiazida foi administrada isoladamente em doses diárias de 2 mg/Kg de peso corpóreo foi tolerada pelas coelhas e pelos seus fetos.

Os dois estudos em ratas e coelhas revelaram que a combinação é de algum modo mais tóxica do que os componentes isolados, porém nenhum estudo revelou sinais de efeito teratogênico da combinação ou da hidroclorotiazida.

Estudos foram conduzidos em ratas para determinar a toxicidade peri e pós-natal da combinação; doses orais diárias de 10 e 60 mg/Kg de peso corpóreo foram administradas durante o último terço da gestação e durante as 3 semanas de lactação. Nas doses de 10 mg/Kg de peso corpóreo, a droga não apresentou efeito adverso na condição geral das ratas, no curso da gestação ou do parto e também não resultou em distúrbio nos desenvolvimentos intra-uterino e pós-natal da prole.

Após administração de 60 mg/Kg de peso corpóreo, as ratas reduziram discretamente sua ingestão de alimento e seus filhotes mostraram discreta redução de peso no nascimento e durante a primeira semana de vida em diante. No período subseqüente, o desenvolvimento pós-natal dos filhotes não apresentou fatos notáveis. A incidência de dilatação da pélvis renal não apresentou aumento (como foi observado após administração de altas doses de ramipril).

Estudos de possível alteração da fertilidade e na capacidade reprodutiva não foram conduzidos com a combinação, pois nenhum efeito tóxico é esperado com base nos resultados dos componentes isoladamente.

Toxicidade imunológica

- Ramipril

Estudos toxicológicos demonstraram que o ramipril não possui nenhum efeito imunotóxico.

Mutagenicidade

- Ramipril

Testes extensivos de mutagenicidade utilizando vários sistemas de testes, demonstraram que o ramipril não apresenta nenhuma propriedade mutagênica ou genotóxica.

- Hidroclorotiazida

Há evidências limitadas da genotoxicidade da hidroclorotiazida in vitro . Pode-se deduzir a partir dos dados in vivo que a substância não é mutagênica.

- Ramipril/hidroclorotiazida

Não foram realizados estudos de mutagenicidade com esta combinação, pois os resultados dos testes com cada componente isoladamente não demonstraram evidência de qualquer tipo de risco.

Carcinogenicidade

- Ramipril

Estudos prolongados em ratos e camundongos não demonstraram nenhuma indicação de efeito tumorigênico.

Em ratos, túbulos renais com células oxifílicas e túbulos com hiperplasia celular oxifílica foram considerados como uma resposta às alterações funcionais e morfológicas e não como uma resposta neoplásica ou pré-neoplásica.

- Hidroclorotiazida

Um estudo de carcinogenicidade com hidroclorotiazida em camundongos produziu uma evidência equivocada da atividade carcinogênica em animais machos quando da administração de altas doses (na forma de uma incidência aumentada da neoplasia hepatocelular). Não houve evidências de carcinogenicidade em camundongos fêmea. Um estudo com hidroclorotiazida, em ratos e ratas, também não apresentou evidência de carcinogenicidade potencial.

Resumindo-se todos estes pontos, pode-se assumir que a hidroclorotiazida não apresenta potencial neoplásico.

- Ramipril/hidroclorotiazida

Estudos de carcinogenicidade não foram conduzidos com esta combinação, uma vez que os resultados dos testes com cada componente isoladamente não demonstrou nenhuma evidência de tal risco.

Antibióticos - Clindamicina

Conceitos básicos

• É pertencente à classe das lincosaminas
• Atua como um agente bacteriostático
• Penetra no meio intracelular

A clindamicina possui atividade imunoestimuladora, pois:

• Potencializa a opsonização
• Acelera a quimiotaxia e fagocitose dos leucócitos
• Apresenta atividade contra bactérias anaeróbias e contra bactérias gram-positivas

Dentre as bactérias gram-positivas anaeróbias susceptíveis à clindamicina podem ser destacados:

Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis
Estreptococos beta-hemolíticos dos grupos A, B, C
Estreptococos alfa- hemolíticos
Pneumococo

A clindamicina é bastante ativa contra:

Corynebacterium diphteriae
Campylobacter jejuni
Anaeróbios da microbiota bucal e orofaríngea
Não apresenta atividade contra:
Meningococo
Gonococo
Enterococo
Bacilos gram-negativos entéricos
Bordetella pertussis
Moraxella catarrhalis
Mycoplasma pneumoniae
Haemophilus influenzae
Chlamidia trachomatis
Clostridium difficile

Resistência

Tem sido observada dentre os Estafilococos

É rara dentre os:

Estreptococos
Bacteroides fragilis
Anaeróbios em geral

Farmacocinética e metabolismo

É absorvida por via oral e parenteral
Pode ser ingerida concomitantemente com os alimentos, sem prejuízo à sua absorção
Distribui-se amplamente pelos tecidos
Não atravessa satisfatoriamente a barreira hematoencefálica
Atravessa a barreira placentária
Apresenta elevada concentração no tecido ósseo e articular
Atravessa as membranas celulares atingindo elevadas concentrações no meio intracelular
É metabolizada no fígado
É eliminada por via renal e biliar

Interações medicamentosas

Quando por via IV é incompatível com:

Aminofilina
Vitaminas do complexo B
Gluconato de cálcio
Sulfato de magnésio
Há antagonismo entre a clindamicina e:
Eritromicina
Demais macrolídeos
Cloranfenicol

A clindamicina é usualmente associada aos aminoglicosídeos no combate a:

Bactérias anaeróbias e gram-negativos aeróbios
Há sinergismo entra a clindamicina e o metronidazol no combate ao Bacteroides fragilis
A clindamicina interage com bloqueadores neuromusculares, prolongando o seu efeito
Indicações clínicas

A principal aplicação da clindamicina é no combate às seguintes bactérias produtoras de beta-lactamases:

Bacteroides fragilis
Prevotella

É portanto indicada no combate a:

Fascites e celulites necrotizantes
Sinusite crônica
Abscessos periamigdalianos e retrofaríngeos
Pneumonia por aspiração
Actinomicose
Abscessos hepáticos
Abscessos pulmonares
Peritonites
Apendicite supurada
Sepse por anaeróbios

Em infecções por anaeróbios e bacilos gram-negativos é recomendado a associação da clindamicina com:

Aminoglicosídeo
Cefalosporina
Quinolona

No tratamento da malária a clindamicina associada ao quinino é uma boa alternativa terapêutica

Efeitos adversos

Distúrbios gastrintestinais
Náuseas
Vômitos
Flatulência
Diarréia
Bloqueio neuromuscular, prolongando o período de paralisia pós-anestésica
É uma droga segura para o tratamento de gestantes
O atenolol é um beta-bloqueador cardio-seletivo, isto é, age predominantemente sobre os receptores beta-adrenérgicos do coração, e não possui atividade simpatomimética intrínseca nem atividade estabilizadora de membrana.

A clortalidona, um diurético monossulfonamil, aumenta a excreção reanal de água, sódio e cloreto, sem determinar sobrecarga circulatória e, normalmente, não diminuindo a pressão arterial normal. A natriurese é acompanhada por certa perda de potássio. A clortalidona inibe a reabsorção do sódio + e do cloro -, principalmente na porção próxima do túbulo distal, reduz suavemente a tensão arterial elevada, mesmo quando do emprego de posologias baixas; o efeito anti-hipertensivo aumenta paulatinamente, chegando a sua plenitude ao fim de duas a quatro semanas de tratamento. Aproximadamente 60% de uma dose oral de clortalidona é absorvida no trato gastrintestinal. A clortalidona apresenta uma ligação às proteínas plasmáticas de 75%. Sua meia-vida de eliminação é de 50 horas.

Clortalidona pode diminuir a tolerância à glicose e, portanto, durante terapêutica prolongada com o produto recomenda-se realizar testes regulares para identificar glicosúria.

ATENOLOL produz efeitos no seu coração e circulação, reduzindo a pressão arterial, quando usado continuamente.

ATENOLOL é efetivo por pelo menos 24 horas após dose oral única diária.

A absorção do atenolol após administração oral é consistente, mas incompleta (aproximadamente 40-50), com picos de concentração plasmática ocorrendo de 2 a 4 horas após a administração da dose. Os níveis sanguíneos do atenolol são consistentes e sujeitos a pequena variabilidade. Não há metabolismo hepático significativo, e mais de 90 de atenolol absorvido alcança a circulação sistêmica na forma inalterada. A meia-vida plasmática é de aproximadamente 6 horas, mas pode se elevar na presença de insuficiência renal grave, uma vez que os rins são a principal via de eliminação. O atenolol penetra muito pouco nos tecidos devido a sua baixa solubilidade lipídica, e sua concentração no tecido cerebral é baixa. Sua taxa de ligação às proteínas plasmáticas é baixa (aproximadamente 3).

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

"A extração é um método físico. Não altera a natureza do composto."

"Não se determina lipídeos por extração."

"Extração é técnica de preparo."

"Espectroscopia é técnica de análise."

"Cromatografia é técnica de separação."

"Filtração é técnica de separação de amostra."

Termos Patológicos

Isquemia: Déficit no fluxo sanguíneo tecidual, devido uma insuficiência localizada de irrigação sanguínea, provocado pela constrição ou a obstrução arterial, e que pode ocorrer em maior ou menor grau.
Ex.: Infarto branco ou isquêmico.

Hipóxia: Falta de oxigênio especificamente nos hemisférios cerebrais; porém, o termo refere-se mais freqüentemente à falta de oxigênio em todo o cérebro. Dependendo da gravidade da hipóxia, os sintomas podem variar desde uma confusão até um dano cerebral irreversível, coma e morte.
Porque os radicais livres são nocivos ao organismo?

Os radicais livres são espécies que tem um único elétron não pareado em um orbital externo. Em tal estado, o radical é extremamente reativo e instável, e participa de reações com substâncias químicas inorgânicas, proteínas, lipídeos, carboidratos, particularmente com moléculas importantes nas membranas e ácidos nucléicos. Podem ter ínicio dentro das células pela absorção de energia radiante (ultra-violeta, raio - X), por reações endógenas, geralmente oxidativa, que ocorrem durante processos metabólicos normais, ou por metabolismo enzimático de substâncias químicas ou drogas exógenas.
Pontos Cardiais no Processo da Inflamação:
  • Dor
  • Rubor
  • Edema
  • Calor

Coloração de Gram

A coloração de Gram é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853 - 1838), em 1884, e que consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. Essa técnica permite a separação de amostras bacterianas em Gram-positivas e Gram-negativas e a determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas.

O método da coloração de Gram é baseado na capacidade das paredes celulares de bactérias Gram-positivas de reterem o corante cristal violeta no citoplasma durante um tratamento com etanol-acetona enquanto que as paredes celulares de bactérias Gram-negativas não o fazem.

A coloração de Gram é um dos mais importantes métodos de coloração utilizados em laboratórios de microbiologia e de análises clínicas, sendo quase sempre o primeiro passo para a caracterização de amostras de bactérias. A técnica tem importância clínica uma vez que muitas das bactérias associadas a infecções são prontamente observadas e caracterizadas como Gram-positivas ou Gram-negativas em esfregaços de pus ou de fluidos orgânicos. Essa informação permite ao clínico monitorar a infecção até que dados de cultura estejam disponíveis. É possível a análise de vários esfregaços por lâmina, o que facilita a comparação de espécimes clínicos. As lâminas podem ser montadas de forma permanente e preservadas como documentação.

Gram-Positiva:

  1. membrana citoplasmática:
    • fosfolipídeos
    • proteínas
  2. parede celular:
    • peptidoglicano - polímero poroso e insolúvel, em grande quantidade nestas bactérias (50% ou mais do peso seco da célula), tornando a parede bem espessa
    • ácido teicóico - polímero de glicerol e ribitol fosfato; carregados negativamente pode ajudar no trasporte de íons + para dentro e fora da célula; e no armazenamento de fósforo. Se encontram ligados ao peptidoglicano ou à membrana citoplasmática
    • polissacarídeos - ligados ao peptidoglicano

Gram-Negativa:

  1. membrana citoplasmática:
    • fosfolipídeos
    • proteínas
  2. parede celular - localizada no espaço periplasmático, ou seja, e ntre as membranas citoplasmática e externa.
    • peptidoglicano - representa 10% do peso seco da célula
    • lipoproteínas
  3. membrana externa - presente apenas nestas bactérias, serve para distingui-las.
    • lipopolissacarídeos - típicos destas bactérias, ocorrem somente na membembrana externa; formados de lípideos, cerne de polissacarídeo e antígenos O. Podem atuar como um veneno (LPS ou endotoxina)
    • trímeros de porina

Mecanismo de Coloração de Gram:



Bactérias

Classificação quato a forma:

Cocos: São basctérias que apresentam a forma circular, podendo ser encontradas isoladas, agrupadas aos pares (diplococos), em quadras, formando cachos (estafilococos), ou formando cadeias (estrepatococos).

Bacilos: Apresentam a forma de bastão, representam a forma bacteriana mais numerosa, algumas espécies, podem ser encontradas isoladas ou pareados (diplobacilos). Outras formam longas cadeias denominadas estreptobacilos.
Muitos bacilos possuem flagelos que propulsionam a bactéria, por meio de movimento rotatório.

Espirilos: Também chamadas de espiroquetas são células espirais em forma de bastonete, sendo em sua maioria móveis.

O Treponema pallidum agente causador da sífilis é uma das bactérias em forma de espiral.

Vibriões: são bacilos Gram-negativos, curvados ou em forma de vírgula, apresentando um único flagelo polar. Os vibriões pertencem à Família Vibrionaceae e as espécies mais importantes para o homem são Vibrio cholerae e Vibrio vulnificus.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Crescimento Microbiano em resposta a variação de temperatura

- Psicrófilos ou Criófilos: - 10 a 20 °C

- Psicrotróficos:
0 a 30 °C

- Mesófilos: 10 a 50 °C

- Termófilos: 40 a 75 °C

- Termófilos Extremos: 65 a 110 °C




Tipos de Água

Água Dura - água subterrânea com sais minerais dissolvidos, geralmente carbonato de cálcio (ou uma combinação de cálcio e magnésio). A água dura não espuma bem com sabão, forma depósitos (escama, CaC03 ou MgCO) em chaleiras e tanques de água quente, e, em casos mais extremos, pode entupir as tubulações, formando depósitos de cálcio nos canos de água.

Água Pesada - água que contém grande proporção de moléculas como o isótopo de deutério de hidrogênio em vez do hidrogênio comum (escrito como D2O ou HDO). Tais moléculas são encontradas em quantidades muito pequenas na água comum. A água pesada, também chamada de óxido de deutério, é usada como um moderador em alguns reatores nucleares.

Água Destilada - Água que contém íons de cálcio e magnésio, chamada água dura, é purificada por aquecimento, vaporização e posterior condensação (destilação simples) de modo a eliminar os carbonatos e sulfatos de cálcio e magnésio dissolvidos.


Surfactante Pulmonar

Surfactante

"Todos nós respiramos graças a presença de surfactante nos pulmões. Essa substância é produzida por células especializadas no interior dos alvéolos e tem por fução principal manter os alvéolos abertos, possibilitando a entrada e a saída do ar que, por sua vez, resulta em entrada de oxigênio e saída de gás carbônico do corpo. O prematuro, como nasce antes do tempo, tem pulmões sem a capacidade de produzir normalmente o surfactante. Desta forma, os seus alvéolos não se abrem, o ar não entra e resulta em incapacidade de trocar oxigênio e gás carbônico, ocasionando, freqüentemente, a morte ou seqüelas grave."

Fonte: http://www.hu.usp.br